sexta-feira, 1 de junho de 2012

DISLEXIA - DEFICIÊNCIA OU DIFERENÇA ?





“NÃO APRENDER NÃO É O CONTRÁRIO DE APRENDER”

Qual a diferença entre distúrbio, dificuldade e Transtorno?

Distúrbio  de aprendizagem é quando ocorre uma perturbação na aquisição de informações, ou habilidades de solucionar problemas, manifestando alterações por dificuldades na aquisição ou uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas ou ainda com disfunções no sistema nervoso central.

DIFICULDADES na aprendizagem  é a negação ou a falta de alguma habilidade.

      Capacidade é o desenvolvimento humano ( filogenética)

      Habilidade são as capacidades se transformam em habilidades

TRANSTORNO de aprendizagem  decorrem a partir da gestação. Podem ser genéticos, neurológicos ou psíquicos...uma transformação no organismo humano.

E a  Dislexia? O que é?

      Dislexia é o distúrbio da palavra.  Falha no processamento da habilidade da leitura e escrita durante o desenvolvimento.

      Atinge de 5 a 15% da população;

       Maior Incidência masculina ;

      Fatores hereditários;

      Etiologia – anomalias fisiológicas .

       Há três tipos: visual, fonológica e mista

Sinais comuns de Dislexia :
Na Educação Infantil

      Falar tardiamente

      Dificuldade para pronunciar alguns fonemas

      Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário

      Dificuldade para rimas

      Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome

      Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas

      Dificuldade na habilidade motora fina

      Dificuldade de contar ou recontar uma história na sequência certa

      Dificuldade para lembrar nomes e símbolo

Na Classe de Alfabetização e  Anos  Iniciais do Ensino Fundamental

      Dificuldade em aprender o alfabeto

      Dificuldade no planejamento motor de letras e números

      Dificuldade para separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )

      Dificuldade com rimas (habilidades auditivas)

      Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)

      Dificuldade em sequência e memória de palavras

      Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar

      Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)

      Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)

      Dificuldade na execução da letra cursiva

      Dificuldade na preensão do lápis

      Dificuldade de copiar do quadro

Anos finais do Ensino Fundamental

      Nível de leitura abaixo do esperado para sua série

      Dificuldade na sequenciação de letras em palavras

      Dificuldade em soletração de palavras

      Não gostar de ler em voz alta diante da turma

      Dificuldade com enunciados de problemas matemáticos

      Dificuldade na expressão através da escrita

      Dificuldade na elaboração de textos escritos

      Dificuldade na organização da escrita

      Podem ter dificuldade na compreensão de textos

      Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas

      Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios e gírias

      Presença de omissões, trocas e aglutinações de grafemas

      Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas

      Dificuldade em conseguir terminar as tarefas dentro do tempo

      Dificuldade na compreensão da linguagem não verbal

      Dificuldade em memorizar a tabuada

      Dificuldade com figuras geométricas

      Dificuldade com mapas



Ensino Médio

      Leitura vagarosa e com muitos erros

      Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas

      Dificuldade em planejar e fazer redações

      Dificuldade para reproduzir histórias

      Dificuldade nas habilidades de memória

      Dificuldade de entender conceitos abstratos

      Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes

      Vocabulário empobrecido

      Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade



Adultos

      Permanência da dificuldade em escrever em letra cursiva

      Dificuldade em planejamento e organização

      Dificuldade com horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)

      Falta do hábito de leitura

      Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas)

      Características Gerais Associadas

      A emissão oral é comparativamente muito melhor que do a escrita

      Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa.



O que fazer ?

Mediante uma dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia.

É necessário verificar se é uma dislexia propriamente dita, ou se é um atraso no desenvolvimento da leitura decorrente de fatores adversos como uma deficiência sensorial ou atraso cognitivo. No entanto, há casos em que podem ocorrer comorbidades, ou seja, mais de um transtorno ao mesmo tempo. Um exemplo disso é a presença da dislexia associada a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção (mais comumente conhecido pelo frequente sintoma da hiperatividade). Nesses casos, uma avaliação médica faz-se necessária.

       Devem ser investigadas áreas referentes a:

      capacidades de linguagem

      capacidades oral e escrita (em termos de processamento - o mecanismo da leitura e da escrita; e de uso em contexto - interpretação ou elaboração de textos).

      funções cognitivas superiores como a atenção, memória e percepção (sobretudo auditiva e visual).

      aspectos psicomotores e grafomotores (relacionados, por exemplo, aos sintomas como dificuldade de orientação ou lateralidade e às alterações gráficas da escrita).

      histórico familiar (há estudos que relatam alterações linguísticas diversas, alcoolismo, problemas de tireóide, e outras, em ascendentes de disléxicos).

      Estas áreas são utilizadas nas avaliações de fonoaudiologia, e se complementam com as avaliações neuropsicológica e de psicologia cognitiva. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado ou adequado, minimizando, assim, as consequências das dificuldades escolares e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.



Como trabalhar com o disléxico?

“Se o disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito que ele aprende.”

Sugestões de atividades :
Utilizar massa de modelar, argila, o corpo ...na construção da escrita; Trabalhar o Esquema corporal; Trabalhar com
diferentes sons; Relaxamento, Computador ( digitação de palavras e frases); Pesquisas em dicionários , revistas e livros; Dramatização, brincadeiras e jogos, atividades e avaliações orais.



E lembre-se : o trabalho com a equipe multidisciplinar: fonoaudióloga, psicopedagoga, neuropediatra é fundamental para a desenvolvimento da aprendizagem e o auxilio a professora. Não é um retorno imediato, o disléxico demora em torno de 5 anos a mostrar a eficácia do tratamento.














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