“NÃO APRENDER NÃO É O
CONTRÁRIO DE APRENDER”
Qual a diferença entre distúrbio, dificuldade e
Transtorno?
Distúrbio de aprendizagem é
quando ocorre uma perturbação na aquisição de informações, ou habilidades de solucionar
problemas, manifestando alterações por dificuldades na aquisição ou uso da audição,
fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas ou ainda
com disfunções no sistema nervoso central.
DIFICULDADES
na aprendizagem é a negação ou a falta
de alguma habilidade.
• Capacidade é o desenvolvimento
humano ( filogenética)
• Habilidade são as capacidades se transformam em
habilidades
TRANSTORNO de aprendizagem decorrem a partir da gestação. Podem ser
genéticos, neurológicos ou psíquicos...uma transformação no organismo humano.
E a Dislexia? O que é?
• Dislexia é o distúrbio
da palavra. Falha no processamento da
habilidade da leitura e escrita durante o desenvolvimento.
• Atinge de 5 a 15% da
população;
• Maior Incidência masculina ;
• Fatores hereditários;
• Etiologia – anomalias
fisiológicas .
• Há três tipos: visual, fonológica e mista
Sinais comuns de Dislexia :
Na Educação Infantil
Na Educação Infantil
• Falar tardiamente
• Dificuldade para
pronunciar alguns fonemas
• Demorar a incorporar
palavras novas ao seu vocabulário
• Dificuldade para
rimas
• Dificuldade para
aprender cores, formas, números e escrita do nome
• Dificuldade para
seguir ordens e seguir rotinas
• Dificuldade na
habilidade motora fina
• Dificuldade de contar
ou recontar uma história na sequência certa
• Dificuldade para
lembrar nomes e símbolo
Na Classe de Alfabetização e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
• Dificuldade em
aprender o alfabeto
• Dificuldade no
planejamento motor de letras e números
• Dificuldade para
separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )
• Dificuldade com rimas
(habilidades auditivas)
• Dificuldade em
discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)
• Dificuldade em sequência
e memória de palavras
• Dificuldade para
aprender a ler, escrever e soletrar
• Dificuldade em
orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
• Dificuldade em
orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)
• Dificuldade na execução
da letra cursiva
• Dificuldade na preensão
do lápis
• Dificuldade de copiar
do quadro
Anos finais do Ensino Fundamental
• Nível de leitura
abaixo do esperado para sua série
• Dificuldade na
sequenciação de letras em palavras
• Dificuldade em
soletração de palavras
• Não gostar de ler em
voz alta diante da turma
• Dificuldade com
enunciados de problemas matemáticos
• Dificuldade na
expressão através da escrita
• Dificuldade na
elaboração de textos escritos
• Dificuldade na
organização da escrita
• Podem ter dificuldade
na compreensão de textos
• Podem ter dificuldade
em aprender outros idiomas
• Dificuldade na
compreensão de piadas, provérbios e gírias
• Presença de omissões,
trocas e aglutinações de grafemas
• Dificuldade de
planejar e organizar (tempo) tarefas
• Dificuldade em
conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
• Dificuldade na
compreensão da linguagem não verbal
• Dificuldade em
memorizar a tabuada
• Dificuldade com
figuras geométricas
• Dificuldade com mapas
Ensino Médio
• Leitura vagarosa e
com muitos erros
• Permanência da
dificuldade em soletrar palavras mais complexas
• Dificuldade em
planejar e fazer redações
• Dificuldade para reproduzir
histórias
• Dificuldade nas
habilidades de memória
• Dificuldade de
entender conceitos abstratos
• Dificuldade de
prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos
detalhes
• Vocabulário
empobrecido
• Criação de subterfúgios
para esconder sua dificuldade
Adultos
• Permanência da
dificuldade em escrever em letra cursiva
• Dificuldade em
planejamento e organização
• Dificuldade com horários
(adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)
• Falta do hábito de
leitura
• Normalmente tem
talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas)
• Características
Gerais Associadas
• A emissão oral é
comparativamente muito melhor que do a escrita
• Atenção limitada e
dificuldade em manter-se na tarefa.
O que fazer ?
Mediante uma
dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais
especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um
caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma
intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser
administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia.
É necessário
verificar se é uma dislexia propriamente dita, ou se é um atraso no
desenvolvimento da leitura decorrente de fatores adversos como uma deficiência
sensorial ou atraso cognitivo. No entanto, há casos em que podem ocorrer
comorbidades, ou seja, mais de um transtorno ao mesmo tempo. Um exemplo disso é
a presença da dislexia associada a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção
(mais comumente conhecido pelo frequente sintoma da hiperatividade). Nesses
casos, uma avaliação médica faz-se necessária.
• Devem ser investigadas áreas referentes a:
• capacidades de
linguagem
• capacidades oral e
escrita (em termos de processamento - o mecanismo da leitura e da escrita; e de
uso em contexto - interpretação ou elaboração de textos).
• funções cognitivas
superiores como a atenção, memória e percepção (sobretudo auditiva e visual).
• aspectos psicomotores
e grafomotores (relacionados, por exemplo, aos sintomas como dificuldade de
orientação ou lateralidade e às alterações gráficas da escrita).
• histórico familiar (há
estudos que relatam alterações linguísticas diversas, alcoolismo, problemas de
tireóide, e outras, em ascendentes de disléxicos).
• Estas áreas são
utilizadas nas avaliações de fonoaudiologia, e se complementam com as avaliações
neuropsicológica e de psicologia cognitiva. Quanto mais cedo for realizado o
diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado
ou adequado, minimizando, assim, as consequências das dificuldades escolares
e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o
que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.
Como trabalhar com o disléxico?
“Se o
disléxico não pode aprender do jeito que ensinamos, temos que ensinar do jeito
que ele aprende.”
Sugestões de atividades :
Utilizar massa de modelar, argila, o corpo ...na construção da escrita; Trabalhar o Esquema corporal; Trabalhar com diferentes sons; Relaxamento, Computador ( digitação de palavras e frases); Pesquisas em dicionários , revistas e livros; Dramatização, brincadeiras e jogos, atividades e avaliações orais.
Utilizar massa de modelar, argila, o corpo ...na construção da escrita; Trabalhar o Esquema corporal; Trabalhar com diferentes sons; Relaxamento, Computador ( digitação de palavras e frases); Pesquisas em dicionários , revistas e livros; Dramatização, brincadeiras e jogos, atividades e avaliações orais.
E lembre-se : o trabalho com a
equipe multidisciplinar: fonoaudióloga, psicopedagoga, neuropediatra é
fundamental para a desenvolvimento da aprendizagem e o auxilio a professora. Não
é um retorno imediato, o disléxico demora em torno de 5 anos a mostrar a eficácia
do tratamento.
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